segunda-feira, 21 de junho de 2010

Vieste o otras cositas más

Primeira noite aproveitável em Vieste.
Depois da hora fantasma, resolvi sair. Queria ir numa parte da cidade que ainda não conhecera. É um pouco difícil andar aqui, pois, além dos desníveis – escadas, ladeiras, morrrinhos -, o local tem forma meio estelar, com várias “pontas” em direções opostas. Tentei ir para um determinado ponto, mas saí em outro. E foi ótimo, porque acabei chegando numa via bem interessante, chamada XXIV de Maggio (toda cidade aqui tem uma rua com esse nome, deve ser uma data importante para os italianos). Cara de centrinho badalado. Legal.
Encontrei um mercado aberto com zilhões de produtos típicos, que se resumem sempre a uma imensidão de frutas maravilhosamente grandes, frescas e saborosas, assim como vasinhos de vidro de todos os formatos com azeite ou vinagre condimentado e, por fim, bebidas alcoólicas.
Hum... by the way... hoje eu queria tomar vinho. Achei que podia, já que não pretendia tomar nenhum remédio (o braço ta bem melhor), não tinha nada de diferente pra fazer e, se ficasse tonta ou passasse mal, era só desabar na cama. Fui no supermercado e comprei: salada empacotada (1,50E), sabão líquido para lavar roupa (1,29E), 3 tomates (0,52E), um pão (0,22E), queijo cotagge (1,50E) e o tal vinho (4,30E). Procurei um que tivesse teor alcoólico baixo (o seguro morreu de velho), que não fosse seco (ta, eu não gosto do vinho, gosto do açúcar) e que não tivesse que abrir com saca-rolhas. Achei um branco que aqui eles chamam de frisante (tem bolhinhas), teor alcoólico 7,5%.
Cheguei no hotel e jantei. O danado do vinho era bem gostosinho, parecia a própria uva engarrafada. Mas foi o mesmo que beber refrigerante! Não senti nada, nem sono me deu!
De qualquer jeito, acho que hoje vou desabar mesmo. Eu andei um infinito aqui, subindo e descendo ladeira. O frio também me deixou meio acabada, acho até que me resfriei. Comprei um polivitamínico, por via das dúvidas.
Mas... antes de desabar, queria falar algumas coisas que considero úteis e tinha esquecido.
A primeira é a coisa dos Correios. Estive na agência, em Foggia. Você chega, procura o setor de pacos (encomendas) e pega uma senha. Queria só pedir informação, mas, mesmo assim, peguei a senha, porque tudo aqui na Itália é motivo pra vc levar um fora... Bem. Perguntei se poderia mandar um paco para mim mesma, a ser retirado em outra cidade, dentro de 3 semanas. Resposta: não. O paco só fica na agência de destino durante 6 dias. Depois ele volta para a agência de onde foi mandado. :-(((
Outra coisa: o hotel aqui em Vieste. Eu reservei por meio de um site, o “Venere”, que já tinha usado antes para isso. Em todas as vezes que recorri ao serviço, deu super certo. Caminhando pela cidade, vi que meu hotel tem o melhor custo-benefício de todos. Tem outros em áreas melhores, ou mais sofisticados, mas, pelo preço que eu to pagando, acho que ele atende totalmente às minhas pretensões. O único porém é que foi meio difícil de chegar... eu saltei do ônibus no ponto final e tive que andar muuuuito, COM A MALA, pra chegar aqui. Tinha outro ponto mais perto, mas eu não sabia. Bem. No final deu tudo certo.
Ainda sobre a região do Gargano, constatei que o serviço de transporte, que é meio complicado, pois não tem trem para todas as localidades, funciona melhor pela SITA do que pela Ferrovie Del Gargano. Tem mais horários. De todo jeito, os perrengues que passei aqui foram infinitamente menores do que os do Caminho de Francisco, porque lá em Rieti, meu amigo... a coisa é feia. Comece a rezar agora, se achar que um dia pode precisar de transporte por lá...
Bem, por hoje é só. Vou pra caminha. Já são onze da noite e minha bateria ta descarregada.
Beijos pra todos.

Um comentário:

  1. Querida! Fico imaginando vc aí tomando um vinho sem ficar bêbada, megs. Como pode isso? rs brincadeira.... rs

    querida, se precisar mandar um paco pra vc pode mandar pra mim q eu te entrego na volta!!! claro!
    bjsss

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