segunda-feira, 14 de junho de 2010

Diferenças culturais

É engraçado constatar as diferenças entre a nossa cultura e as outras.
O café, por exemplo, uma instituição nacional, tanto no Brasil como na Itália. Mas muito diferentes em cada lugar.
Aqui, se você simplesmente pedir “café”, vai vir um pinguinho que não chega à metade de uma xícara pequena. E foooooooorte pra caramba. Querendo algo mais parecido com um “expresso” brasileiro, peça caffe lungo. Ainda assim, muito forte.
Cappuccino é um café com leite, meio a meio, cheio de espuma de leite em cima. Não tem essas coisas que temos por aí, como canela e chocolate adicionados. É simples assim, café e leite.
O café com leite normal nosso, eu ainda não vi em lugar algum. Talvez o mais próximo seja o latte machiatto, que, no entanto, vem com a tal espuma em cima. E é muuuuita espuma, sempre. Eles adoram isso. E há o caffelatte, que eu não bebi, mas pode ser a nossa “média”.
Mais uma coisa que queria postar pra avisar quem precise, mas não tinha lembrado ainda. Sobre as tomadas, por aqui. Na vez passada, eu tinha comprado um adaptador mundial, com toooooodos os tipos de terminação. Bem. Cheguei aqui e... não consegui ligar o netbook de cara. Tive que pedir um adaptador na recepção. As tomadas que tenho visto tem três pinos, mas não como os novos, no Brasil. Os daqui são alinhados. No adaptador mundial não tinha. Engraçado que, da vez passada, só encontrei tomadas com dois pinos, que constavam no tal adaptador. Então, não sei se isso é coisa nova, se é em toda a Itália, ou se é exclusividade da Puglia...
Também achei bom comentar o jeito “independente” dos italianos. Talvez seja dos europeus em geral, não sei. Mas, para o brasileiro, parece algo meio estranho. Exemplo: não tem uma pessoa pra carregar sua mala pro quarto do hotel. E isso aconteceu em hotéis baratos e caros. Não sei se naqueles das cadeias internacionais tem, pois ainda não fiquei em nenhum. Mas, nos legitimamente italianos, não. Outra coisa muito estranha: minha irmã contou que, dias atrás, foi tentar tirar xerox numa loja. Esperou zilhões de horas e a atendente nem aí. Ficou atendendo outras pessoas que estavam comprando. Quando minha irmã perguntou o porquê, ela respondeu, de um jeito pra lá de áspero, que o cliente deveria operar a máquina sozinho! E depois dizer, ele mesmo, o valor devido ao atendente!!! Existe isso no Brasil? Nunquinha. Até porque nenhum lojista ia confiar no cálculo do freguês...
Me espanta um pouco essa coisa da “não-desconfiança”, aqui. Uma credulidade que não existe no Brasil, ou, pelo menos, nas grandes cidades. Ontem, nas lojas de quinquilharias, nenhum lojista ficava acompanhando a gente no estabelecimento. Ficamos totalmente à vontade com aquela multidão de mini-objetos. Minha irmã comentou que, se estivéssemos aí, teríamos, além de alguns seguranças nos vigiando, câmeras espalhadas por toda a loja! Enfim... culturas diferentes.

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