quinta-feira, 8 de abril de 2010

Informações sobre transporte

Muita gente me pergunta sobre a questão do transporte. Quem acompanhou o blog anterior, viu que o tema é realmente central numa viagem como essas.
Acredito que o melhor modo de "rodar" a Itália seja de carro. Na primeira vez em que fui, como estava com algumas amigas, alugamos um carro e saímos andando por diversas cidades. Deu super certo. Lembro que achamos os pedágios meio caros - e que pagamos uma multa por estacionamento irregular, bem cara também. Mas o conforto e a facilidade de locomoção compensam.
Viajando sozinha, não acho bom fazer isso. Sei lá... não sei andar direito por lá, ainda mais sem co-piloto pra ajudar... poderia usar um GPS, mas ele não troca pneu... :-)))
Além disso, é uma emoção à parte, viajar de trem. Você de fato VIVE o lugar, usando o transporte público. Dá pra conhecer melhor os hábitos locais, ouvir a língua italiana o tempo todo, ver com mais tranquilidade as belas paisagens que margeiam as estradas...
Muitas pessoas querem saber se vale mais a pena comprar o bilhete no Brasil ou lá mesmo. Eu aconselho, para transitar apenas DENTRO da Itália, que se compre lá. Acho que sai mais barato. Isso se os trajetos forem de pequena a média distância. De um modo geral, quanto mais longe você for, mais vale a pena comprar estes bilhetes do tipo Eurail Pass. Este, por exemplo, é interessante se você for sair da Itália, visitando países vizinhos. A questão dos passes envolve ainda pagar suplementos, dependendo do tipo de acomodação que você deseja. Assim, para usar o Eurostar (aquele trem mais sofisticado - e mais caro), para reservar horários, para utilizar a primeira classe, é preciso suplementar o passe já comprado (quando você usa o Eurail, por exemplo). Então, somando tudo, acho que o bilhete adquirido na hora tem mais flexibilidade e sai mais em conta.
Não se pode esquecer de validar o bilhete minutos antes de embarcar no trem, o que é feito numas maquininhas amarelas que ficam nas estações, junto às plataformas onde se acessa o vagão. Como já contei, as plataformas, lá, são chamadas "binários" - e são numeradas.
A localização dos trens nos binários, você checa num quadro que fica afixado em todas as estações, mostrando os números dos trens, os horários em que ele passa e o respectivo binário. Preste atenção nas "ressalvas": há trens que só circulam em dias da semana, ou no verão, ou em período escolar, etc, etc, etc...
A principal companhia de trem, na Itália, é a Trenitália. Faz quase todos os percursos nacionais. Nas regiões, é possível que alguns trechos sejam operados apenas por empresas locais, como comentei em alguns posts anteriores. No Gargano e Salento, por exemplo, é assim que acontece (Ferrovie del Gargano e Ferrovie del Sud Est).
Pra quem pretende andar de ônibus, aconselho uma visita prévia ao site da respectiva companhia, pois se trata, na minha opinião, de um tipo de transporte não muito estruturado (isto não vale para a locomoção urbana em Roma...). São muitas as empresas de ônibus na Itália, que eles chamam de "Autolinea". Algumas das principais são a SITA Spa, a ATAC Spa, a Cotral Spa, entre tantas outras.
Finalmente, taxi... amigos, quem quiser usar taxi, como vocês já sabem, que seja em Roma ou nas grandes cidades, próximo aos pontos mais importantes (como, por exemplo, perto das estações de trem). Cidade média pra baixo NÃO TEM TAXI! Ou tem: caro, difícil e ocasional. É bom se organizar de modo a não precisar muito deles.
Bem. Essa foi minha experiência nas viagens anteriores. Vamos ver como vão correr as coisas na próxima!
Grande beijo.

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