terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Sobre milagres

Uma vez ouvi uma frase que considero sensacional: "Pra quem tem fé, nenhum milagre é necessário. Pra quem não tem, todos os milagres do mundo não bastam"...
Claro que a primeira reação de quem escuta isso é pensar: "Pô. Então, pra que milagre?".
Milagre serve pra Deus chamar nossa atenção para aquilo que realmente importa, quando estamos muito distraídos com o resto. Por isso que, de um modo geral, todo milagre tem uma expressão de amor guardada nele. Porque o que importa, sempre, é... o amor.
Nunca gostei de fazer comércio com Deus, pedindo milagres. Eu até entendo que isso pode fazer parte de um certo tipo de religiosidade, que tem o seu valor. Acredito que tem gente que só sabe se relacionar com Deus neste padrão. E não deixa de ser uma manifestação de confiança num poder superior ao ser humano. Acho válido, como disse. Mas eu, pessoalmente, não sei interagir com Ele assim.
Tenho tentado encarar as coisas que me acontecem como aprendizados, nunca pedindo a Deus pra me tirar das situações difíceis. Peço, sim, pra Ele ficar junto comigo... e Ele realmente não tem me tirado, mas sempre me dá sinais carinhosos de que está ali também. Isso, pra mim, são os milagres mais lindos... quantas pequenas coisas improváveis, inimagináveis mesmo, Ele faz acontecer, só pra consolar meu coração... Coisas tão pequenas, tão gentis... o amor é gentil.
Achei lindo quando soube, ao ler sobre o milagre eucarístico de Lanciano, que o tecido humano encontrado na substância é do coração. Não é lindo, isso? Deus sempre com um carinho escondido pra quem se dispuser a buscar. Quantos séculos se passaram, o coração de Deus ali, todo esse tempo, até que a ciência pudesse descobrir isso...
Essa é, pra mim, a parte mais legal de um milagre: o amor escondido por trás do fato sobrenatural.

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